terça-feira, 25 de junho de 2013

Quanto custa o perdão?

“felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus”.
(Sermão da Montanha)

Há pessoas que passam a vida toda remoendo amarguras, alimentando vinganças, raivas, e até mesmo o ódio; há pessoas que eliminaram definitivamente o perdão de suas vidas; há outras que não tiveram tempo ou por alguma razão (talvez banalidades) não puderam perdoar; outras ainda que nem sabem o que é o perdão. São diferentes realidades e circunstâncias que o perdão pode ou não ser exercitado.
Eu acredito no poder do perdão. Situações por mais complicadas e difíceis podem ser amenizadas, quando o perdão é praticado. Doses de bom senso e um pouquinho de humildade podem fazer grandes proezas na vida de alguém. São atitudes muitas vezes simples que fortalecem a realidade humana. 

Mas, verdadeiramente, o perdão está em falta. Raramente temos notícia de situações que o envolvam. Onde será que ele habita? Poucos vivem em companhia do perdão. Se o perdão não chega, a violência não vai embora, pelo contrário, se difunde aqui, ali e alhures, gerando dores, sofrimentos, angústias.

Para os que praticam o perdão, não há nada mais tão salutar e eficaz para o crescimento do ser. Somos seres de abertura, de mudança, de ação. Uma atitude de perdão nunca é única, pois dele brota acontecimentos harmoniosos, floresce o nosso jardim (a alma). 

Quem perdoa se enche de coragem, de humildade, de amor. Elementos imprescindíveis a todo ser humano. O que vale verdadeiramente, caro leitor, é o SER. Se não cuidarmos bem do nosso ser, se não prestarmos um pouco de atenção aos nossos sentimentos, ao nosso mundo interior, naufragamos num piscar de olhos. 

Quero dizer que as chances de perdoar são muitas. Estão diante de nós todas as vezes que abrimos aquela janela (a consciência). Quem não perdoa, não vive livre. Há sempre uma sombra aterrorizando a paz. Menos orgulho e mais sabedoria podem nos ajudar a ter uma vida mais feliz. Dê uma chance a você mesmo, afinal de contas, todos nós temos momentos de insanidade, “e que a minha loucura seja perdoada. Porque metade de mim é amor e a outra metade... também”.
Professora Socorro Pinheiro - Texto publicado no Jornal A Praça de Iguatú do dia 22/06/2013.

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