segunda-feira, 22 de maio de 2017

Reprimir a raiva pode gerar problemas de saúde

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São Paulo, 22 de maio de 2017 – Com que frequência você sente raiva? Se você respondeu que sempre ou quase sempre, fique tranquilo! Isso porque a raiva é um sentimento humano básico e natural que pode aparecer da ideia de que fomos injustiçados ou ainda quando uma regra nossa é quebrada internamente. Entretanto, se a raiva saiu do controle, ela pode afetar suas relações no trabalho, na família e com os amigos, o que impacta na qualidade de vida em geral.

Segundo Carolina Marques, psicóloga e neuropsicóloga, a raiva é um estado emocional que pode variar de uma irritação leve a uma fúria intensa. A raiva causa uma liberação de neurotransmissores como a adrenalina e noradrenalina e por esta razão, ela leva a mudanças fisiológicas, como aumento dos batimentos cardíacos, elevação da pressão arterial, assim como deixa a pessoa com mais energia e disposição.

“A raiva pode surgir por eventos internos ou externos. Podemos sentir raiva de uma pessoa, de uma situação ou ainda de alguma memória traumática, que desencadeia esse sentimento. De qualquer maneira, a raiva comunica que algo está muito errado e precisa da nossa atenção”, diz Carolina. 

A raiva nossa de cada dia
“Cada pessoa tem uma maneira particular para lidar com a raiva. Entretanto, quem não lida bem com essa emoção tende a ser mais “esquentado”, sente raiva mais facilmente e com mais intensidade. O mais agravante desta emoção é que, frequentemente, gera algum tipo de agressão, e por esta razão suas consequências podem ser irreversíveis”, diz Carolina.

Há ainda pessoas que não demonstram a raiva, mas se sentem cronicamente irritadas e mal humoradas. Em geral, são pessoas com baixa tolerância à frustração. Para Carolina, as explicações podem ser genéticas e socioculturais.

“Algumas crianças já nascem irritadas, mais sensíveis e propensas a sentir raiva com mais facilidade. Esses sinais já podem ser notados inclusive nos primeiros anos de vida. Em relação ao fator sociocultural, um exemplo é que em muitas famílias, culturas e religiões a raiva é vista como um sentimento negativo e que não deve ser expresso. Como resultado, essas pessoas não sabem lidar com a raiva de forma construtiva”, explica Carolina.

Libere a raiva para não adoecer - A raiva não gerenciada pode se transformar em ressentimento, culpa, medo, rejeição, frustração e em doenças físicas e psiquiátricas, sem contar os prejuízos sociais quando a raiva vira agressão, que é um comportamento e não um sentimento. Por isso, é preciso aprender a lidar com a raiva de forma positiva.

A neuropsicóloga explica que quando a raiva é expressa, o sistema nervoso simpático é despertado e isso ajuda na produção de linfócitos e estimula as respostas imunológicas em curto prazo. “No entanto, quando a raiva ou o sofrimento não são expressos ou tratados de maneira construtiva, o cortisol pode se elevar. Esse aumento do cortisol está relacionado com o estresse crônico que enfraquece o sistema imunológico, deixando o organismo mais suscetível a doenças cardíacas e ao câncer, por exemplo,”, cita a psicóloga.

“Quando a raiva é reprimida, o corpo e os sistemas permanecem despertos, bioquimicamente estimulados. Ao se recusar a tomar consciência da raiva e não expressá-la, você perde a oportunidade de consertar algo que está erado e finalizar as respostas do corpo que foram desencadeadas. Como isso, é mais difícil para o organismo acalmar a excitação e recuperar o equilibro para voltar ao normal”, explica Carolina. 

Como lidar com a raiva de maneira positiva:
1-        Pense antes de falar: No auge da raiva podemos falar coisas das quais vamos nos arrepender depois. Então, nada melhor que esperar um pouco até se acalmar.
2-        Expresse a raiva: Por outro lado, não é bom esperar muito para resolver a questão. Portanto, assim que você voltar ao normal coloque seus sentimentos para fora, fale, converse a respeito, mas evite o confronto.
3-        Gerencie o estresse: A raiva muitas vezes pode aparecer devido ao estresse. Pratique atividade física, coma de forma saudável, invista no seu lazer ou em qualquer atividade que ajude a diminuir o estresse.
4-        Identifique soluções: Em vez de ficar com raiva da situação, procure pensar em maneiras de resolvê-la, principalmente se são recorrentes. Lembre-se que a raiva não resolve nada, mas atitudes sim.
5-        Procure um psicólogo: Se a raiva está impactando na sua vida profissional e pessoal, causando prejuízos e você não sabe lidar com ela, o ideal é procurar ajuda de um psicólogo.

Para mais informações, contatar:
Leda Sangiorgio
Assessoria de Imprensa
(11) 98902-0053
leda@agenciahealth.com.br

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