Lívia Vieira abriu a discussão apresentando a experiência do Farol Jornalismo, newsletter de metajornalismo publicada semanalmente há 11 anos, que alcança mais de 7 mil assinantes. Em sua fala, a jornalista destacou que o que distingue o jornalismo de outras formas de comunicação é a ética profissional, aliada à credibilidade, que considera um valor constantemente em disputa.
“A credibilidade sempre foi um valor ético em disputa. A liberdade de expressão é um valor que foi capturado pela extrema direita e teve seu significado distorcido”, afirmou.
Rafael Mesquita, no mesmo caminho, reforçou o papel da ética como coluna vertebral do jornalismo, lembrando que a identidade profissional dos jornalistas está ancorada em princípios como responsabilidade social e compromisso com o interesse público. Segundo ele, o jornalista não é um sujeito isolado, mas parte de uma categoria com trajetória coletiva de lutas e conquistas.
“Toda vez que um direito é negado a um jornalista, todo o campo da comunicação pública enfraquece”, declarou.
Ana Cristina Guilherme, presidenta do Sindiute, que é o sindicato com o maior índice de sindicalização do mundo, com cerca de 97% dos profissionais da educação de Fortaleza filiados e 93% entre os aposentados, destacou que a força do sindicato vem da participação ativa de sua base. Em sua intervenção, ela convocou a categoria a fortalecer a atuação coletiva.
“Não existe trabalhador forte de forma individual. A força da classe trabalhadora está na sua organização sindical”, afirmou.
Ao final da mesa, todos os participantes convergiram na defesa do sindicalismo como prática coletiva essencial, assim como o jornalismo. Reforçaram, ainda, a necessidade de valorização da organização sindical e da participação ativa dos profissionais da notícia em seus sindicatos, como caminho para resistir aos desafios impostos pelo mercado e pela conjuntura política. Foto: Thainá Duete, Por Igor Thawen.
Nenhum comentário:
Postar um comentário