domingo, 5 de julho de 2015

Reserva hídrica do Ceará. Dos 153 açudes monitorados, 70 estão com volume até 9%

O cenário desolador do Banabuiú está dentro de um contexto de meia década de seca que afetou toda a reserva hídrica cearense. Dos 153 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), 70 deles estavam com seus volumes até 9% - dados até sexta-feira, 3. Só um reservatório pequeno de Baturité, o Tijuquinha, com 974 mil m³, está com 100% - ele já havia sangrado em março deste ano.

O Ceará está hoje com 18,7% de água guardada para enfrentar todo o segundo semestre, que já será muito mais seco, e com a projeção feita pela Funceme de poucas chuvas para 2016. As perspectivas de melhora de aporte para 2015 são ínfimas.

Dos quatro maiores açudes, o Banabuiú, já praticamente seco, é o que tem a pior situação. Em vez de crítico, o quadro é triste.  O Castanhão, o maior, está com 19,2% e caindo. É justamente o que tem a maior demanda, pois atende Capital, Região Metropolitana e perímetros irrigados.


O Orós, o segundo maior,  é o que tem melhor volume  dos quatro grandes. Está com  43,1%, mas poderá ser acionado para reforçar o Castanhão no início de 2016. Situação por ora descartada, segundo o secretário de Recursos Hídricos, Francisco Teixeira. O açude Araras, em Varjota, o quarto da lista, está com 8,85%. No perímetro irrigado Araras Norte, a vazão para o plantio em 1.500 hectares, que era de 2 mil litros por segundo, caiu para 170 litros por segundo.
OpovoOnLine.

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