O cenário desolador do Banabuiú está dentro de um
contexto de meia década de seca que afetou toda a reserva hídrica cearense. Dos
153 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh),
70 deles estavam com seus volumes até 9% - dados até sexta-feira, 3. Só um
reservatório pequeno de Baturité, o Tijuquinha, com 974 mil m³, está com 100% -
ele já havia sangrado em março deste ano.
O Ceará está hoje com 18,7% de água guardada para
enfrentar todo o segundo semestre, que já será muito mais seco, e com a
projeção feita pela Funceme de poucas chuvas para 2016. As perspectivas de
melhora de aporte para 2015 são ínfimas.
Dos quatro maiores açudes, o Banabuiú, já
praticamente seco, é o que tem a pior situação. Em vez de crítico, o quadro é
triste. O Castanhão, o maior, está com
19,2% e caindo. É justamente o que tem a maior demanda, pois atende Capital,
Região Metropolitana e perímetros irrigados.
O Orós, o segundo maior, é o que tem melhor volume dos quatro grandes. Está com 43,1%, mas poderá ser acionado para reforçar
o Castanhão no início de 2016. Situação por ora descartada, segundo o
secretário de Recursos Hídricos, Francisco Teixeira. O açude Araras, em
Varjota, o quarto da lista, está com 8,85%. No perímetro irrigado Araras Norte,
a vazão para o plantio em 1.500 hectares, que era de 2 mil litros por segundo,
caiu para 170 litros por segundo.
OpovoOnLine.
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