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domingo, 19 de maio de 2013

Br-226 A difícil tarefa de trafegar numa pista com buracos

Motoristas e moradores que circulam pelo local relatam as dificuldades de conviver com tantos problemas

Na BR-226, os primeiros buracos surgiram há cerca de um ano. Devido à falta de manutenção, o problema vem se agravando FOTO: ALEX PIMENTEL

Solonópole Um trecho da BR-226 com pouco mais de 20 Km de extensão, entre as cidades de Solonópole e Milhã, no Interior do Ceará, é a principal preocupação dos motoristas e motociclistas que circulam diariamente pelas rodovias do Sertão Central. Boa parte do asfalto deu lugar aos buracos, irritando e causando prejuízos aos condutores. Além disso, é arriscado trafegar à noite por aquela estrada. Bandidos aproveitam a redução da velocidade dos veículos para praticarem assaltos, alertam os motoristas mais experientes.

Segundo o mecânico e proprietário da oficina Sport Car, Manoel Luiz Araújo, o problema na rodovia federal começou um ano, quando surgiram os primeiros buracos. No decorrer dos meses, o número e o tamanho das fendas na malha viária foi aumentando. Como as equipes de manutenção não apareceram, a pista praticamente sumiu em alguns trechos.

Mesmo com as poucas chuvas, a situação se agravou. O crescente movimento de carros e caminhões na oficina de Manoel prova a gravidade do problema.

O caminhoneiro Nicodemus Queiroz, com mais de 25 anos de experiência nas estradas do Ceará e do Rio Grande do Norte, explica que a buraqueira acarreta prejuízos em todas as viagens. A cada frete realizado, ele desembolsa entre R$ 200 e R$ 300 com serviços de manutenção e compra de peças para o veículo.

Geralmente, o fecho de mola quebra, algum amortecedor estoura ou um pneu acaba sendo cortado. O gasto extra representa mais de 30% do lucro no transporte de cargas. Parte do prejuízo com a péssima condição das estradas também acaba sobrando para o cliente.

Além das péssimas condições das rodovias, o caminhoneiro reclama das regras estabelecidas pelo Governo do Ceará para circular pelas estradas estaduais. Quem transporta cargas não perecíveis é proibido de trafegar por essas rodovias, que encontram-se em melhores condições.

Motociclistas Os motociclistas também sofrem com a situação. Embora seja mais fácil desviar dos buracos sobre duas rodas, o risco é maior para quem tem apenas o capacete para se proteger. O vendedor Gilberto Madureira conta que, por conta das más condições da estrada, motoristas de ônibus e caminhões acabam se assustando e, inesperadamente, desviam para qualquer lado. Até os carroceiros criticam as condições da BR-226. José Jeilson de Sousa é um deles. O agricultor mora em Barra, a cerca de 3 Km do Centro de Milhã. Diariamente, precisa apanhar capim para os animais. A manta asfáltica é estreita. O mato invade vários trechos, diminuindo ainda mais o espaço.

ALEX PIMENTEL Colaborador, Leia no Diário do Nordeste.


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