Pelo menos um em cada cinco Municípios está em Situação de Emergência (SE) ou Estado de Calamidade Pública (ECP) por causa da severa estiagem que atinge principalmente o Nordeste e o Sudeste do País. A falta de chuvas, segundo o Ministério da Integração Nacional, afeta milhares de pessoas, e 1.183 Municípios já recebem auxílio do governo federal para ações de socorro e assistência à população.
O índice equivale a 21% dos Municípios brasileiros. De acordo com explicações contidas em estudo divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo, é como se a cada mês 148 novos Municípios tivessem de ser socorridos por causa da crise hídrica. O número registrado é 18% maior que em 2013, quando a média foi de 126 por mês. A maioria está concentrada no Nordeste, onde 1.063 Municípios estão em emergência ou calamidade por este motivo, sendo 202 deles só no Piauí.
Das 12 bacias hidrográficas que integram o Ceará, três estão em situação considerada muito crítica (Crateús, Curu e Baixo Jaguaribe). Outras cinco apresentam situação crítica (Coreaú, Litoral, Acaraú, Metropolitana e Banabuiú). O nível médio do volume dos 144 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) está em 27,5%. É o índice mais baixo já registrado nos últimos 10 anos.
Na região Sudeste, São Paulo e Minas Gerais também enfrentam estiagem prolongada, o que tem causado colapso no abastecimento de água e energia. Apesar de ter registrado chuvas no início do mês, os efeitos da seca em São Paulo foram apenas amenizados, e houve um alívio para cidades com abastecimento em risco. O Sistema Cantareira – que abastece grande parte da Região Metropolitana de São Paulo – registrou nível estável pela primeira vez nas últimas semanas. Ele estava operando com apenas 10,7% da capacidade, conforme medição até o dia 3 de setembro. Por Antonio Cardoso do Site CearaAgora.
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