Levantamento é do Conselho de secretarias municipais da saúde e foi feito em todo o País
Em 64 cidades cearenses há risco de desabastecimento de oxigênio, conforme secretários municipais. Ainda em andamento, o levantamento do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) tenta diagnosticar a saúde nas localidades neste momento da pandemia da Covid-19. Em todo o País, mais de mil já alegaram risco de falta do material nos hospitais locais.
Entre os relatos apurados pela pesquisa, o município de Icapuí, distante 205 quilômetros de Fortaleza, no litoral Leste do Estado, afirma que "os fornecedores não conseguem entregar e uma das empresas desistiu do contrato". Nas respostas, a gestão local afirma também que o estoque atual de oxigênio hospitalar não consegue suportar eventual necessidade emergencial.
Além disso, foi destacado risco para falta de insumos como: máscaras, luvas, aventais, capotes, álcool gel e testes para covid-19. Em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, também há possibilidade de falta de materiais hospitalares básicos.
Outras cidades, como Horizonte e Fortaleza, responderam duas vezes o questionário. Em uma delas sinalizou possibilidade de desabastecimento; em outra, não. Por isso, foi descartado o risco de escassez. Mais de 100 municípios participaram do levantamento do Cosems.
A 98 km da Capital, Capistrano informou que há demanda excessiva de oxigênio para uso dos pacientes e que a qualquer momento o sistema municipal pode colapsar.
"Tivemos desabastecimento de oxigênio pela empresa fornecedora, o que causou um caos no hospital. Tivemos que transferir oxigênio, tentar comprar em Sobral e em Fortaleza. Foram dias muito difíceis", relatou a gestão de Cariré.
Apesar de relatar que não há risco de faltar o material, o município de Eusébio frisou que a demanda triplicou nos últimos dias.
"Tentamos adquirir com vários.
fornecedores. Todos estão com dificuldade de aquisição. Nossos cilindros são de 10 e 7 metros cúbicos. Já tentamos comprar cilindros, mas também não conseguimos", alegou o respondente de Morada Nova, que também citou alto consumo de material hospitalar, aumento dos preços e incapacidade do fornecedor de suprir o material.
Impasses por falta de material hospitalar não é novo. A empresa White Martins, uma das principais fornecedoras no Ceará, afirmou em 25 de março que conseguiria atender a demanda cearense por até 15 dias. Ou seja, até esta sexta-feira.
Devido à alta demanda, em 14 de março, a A&G Gás informou que não ter mais condições de prover o abastecimento de oxigênio hospitalar e ar comprimido medicinal a Pacatuba, Ocara, Baturité, Guaramiranga, Pacoti, Amontada e Madalena. Com a crise à época, o governador do Estado, Camilo Santana (PT), afirmou que não há escassez de oxigênio, mas problemas logísticos.
Veja lista de municípios com risco de desabastecimento de oxigênio:
Alto Santo, Amontada, Aracati, Ararendá, Aratuba, Arneiroz, Baturité, Beberibe, Boa Viagem, Canindé, Capistrano, Caridade, Cariré, Cariús, Cascavel, Caucaia, Coreaú, Croatá, Cruz, Ererê, Fortim, Frecheirinha, General Sampaio, Groaíras, Guaiúba, Ibaretama, Icapuí, Independência, Ipaumirim, Ipueiras, Itaicaba, Itaitinga, Itapiúna, Jaguaruana, Jati, Madalena, Maranguape, Milha, Mombaca, Morada Nova, Mucambo, Mulungu, Ocara, Orós, Pacatuba, Pacoti, Paramoti, Pedra Branca, Pentecoste, Pindoretama, Piquet Carneiro, Poranga, Potiretama, Quixadá, Quixeré, Redencao, São Benedito, Senador Pompeu, Solonópole, Tabuleiro Do Norte, Tamboril, Tururu, Uruburetama, Varjota. Fonte: OpovoOnLine.
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