Algumas Regionais de Saúde do estado do Ceará já estão utilizando o inseticida Diflubenzuron, para o controle do Aedes aegypti, em substituição ao Novaluron. No caso da 8ª Coordenadoria Regional de Saúde – 8ª CRES – Quixadá, o mesmo deverá ser utilizado até o final do mês de setembro do corrente ano, quando um novo lote do produto deverá chegar aos depósitos do Estado.
Em relação ao município de Solonópole, a expectativa é de que o novo larvicida comece a ser utilizado ainda no 5º ciclo. A seguir são descritas algumas informações sobre o produto:
O Diflubenzuron é um inseticida alternativo que age como regulador do crescimento e que pertence ao grupo das benzoil-feniluréias (inibidores de síntese de quitina).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o Diflubenzuron um produto seguro à saúde humana, tendo cumprido todos os protocolos do Programa Internacional de Segurança Química (IPCS) e foi aprovado pelo comitê de especialistas da OMS para uso em água potável.
Foi verificado que não houve nenhum problema com relação aos agentes de saúde quanto à operacionalidade e segurança. Entretanto, é necessário o treinamento dos agentes de saúde e a conscientização da comunidade, pelo fato do produto não eliminar a larva imediatamente, como os inseticidas convencionais, sendo a morte mais lenta, ocorrendo cerca de uma semana após a aplicação.
Depois de ingerir o inseticida, as larvas têm dificuldades na mudança periódica do exoesqueleto (“cutícula”), conhecida como ecdise. A conseqüência disso é que a “cutícula” mal formada pode não suportar a pressão interna durante a ecdise, ou não conseguir dar suficiente suporte aos músculos envolvidos, resultando na incapacidade de liberar os restos deixados pelo inseto (exúvia) e na morte das larvas.
O produto deverá ser previamente diluído em uma “Solução-Mãe”, colocando-se 10 gramas para cada litro de água.
Os depósitos deverão ser tratados pela sua capacidade, obedecendo à tabela em anexo.
Cálculo do Diflubenzuron |
Litros a tratar | Volume da Solução-Mã | Diflubenzuron 25% (g) |
3 | 1 | 0,01 |
5 | 1 | 0,01 |
10 | 1 | 0,01 |
20 | 2 | 0,02 |
30 | 3 | 0,03 |
40 | 4 | 0,04 |
50 | 5 | 0,05 |
100 | 10 | 0,1 |
200 | 20 | 0,2 |
250 | 25 | 0,25 |
500 | 50 | 0,5 |
600 | 60 | 0,6 |
700 | 70 | 0,7 |
800 | 80 | 0,8 |
1.000 | 100 | 1 |
2.000 | 200 | 2 |
2.500 | 250 | 2,5 |
5.000 | 500 | 5 |
Com informações do Dr. Erico de Medeiros da Coordenação de Endemias e Zoonoses do Município de Solonópole.