Drone era usado para monitorar agências e parentes de bancários (Foto: Policia Civil/ Divulgação).
Além dele, um outro cúmplice foi preso. Os demais membros da quadrilha foram presos em 6 de agosto.
A Polícia Civil prendeu, na terça-feira (26), o homem apontado como chefe de uma quadrilha especializada em assaltos a banco. Além dele, um cúmplice também foi preso, a dupla foi encontrada em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza. A polícia também encontrou armas enterradas no local onde a dupla foi encontrada.
A polícia chegou aos dois após a prisão, em 6 de agosto, de membros da quadrilha. Na ocasião, a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) detalhou as ações do grupo, que usava um drone - veículo aéreo não tripulado - para monitorar através de fotos e vídeos as agências bancárias e familiares de funcionários do bancos, principais alvos da organização criminosa.
Segundo a Polícia Civil, entre os presos, está um homem de 34 anos, que era funcionário e ex-gerente de uma agência bancária de São Gonçalo de Amarante, na Região Metropolitana de Fortaleza. Ele simulava negociações com os comparsas e foi capturado também no dia 6, após suspeita de integrar um grupo criminoso que levava uma vida luxuosa na cidade. No flagrante, a polícia encontrou com ele um aparelho utilizado para capturar dados de cartões dos clientes, conhecido como "chupa cabra".
Os outros presos têm 28, 29 e 32 anos e já respondiam por crimes como homicídio, roubo, associação criminosa, receptação, porte e posse ilegal de arma de fogo. Com a quadrilha, foram apreendidos um drone, um fuzil AK 47 e uma pistola calibre 40. Os quatro homens foram capturados em Caucaia e Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza.
Como a quadrilha agia - Ainda de acordo com a Polícia Civil, um dos alvos da quadrilha eram os funcionários que podiam abrir os cofres das agências. A vítima tinha a vida investigada pelo bando através de fotos capturadas pelo drone, que registrava imagens da família e do cotidiano dela.
Depois, a quadrilha dizia ao bancário que havia sequestrado os familiares dele e o levava até a agência para abrir o cofre. Após levar o dinheiro, libertavam alguns parentes que eram mantidos em cárcere privado. Em alguns casos, como nos assaltos a uma agência de São Gonçalo do Amarante, o sequestro era "simulado" com a negociação feita com o próprio gerente da agência, que era cúmplice da ação.
Na coletiva, o titular da DRF, o delegado Raphael Vilarinho, explicou também que o grupo deixava mensagens para intimidar a polícia após os crimes, o que ajudou na investigação. Com a prisão, o delegado afirma que a polícia conseguiu evitar o ataque a mais uma agência que estava na mira dos assaltantes.
Oito ataques desde 2013 - A lista de crimes cometidos pelo grupo inclui oito ataques a agências bancárias no Ceará desde 2013. São eles: a tentativa de assalto contra o Banco do Brasil de Chorozinho no dia 23 de junho; os assaltos ocorridos nos dias 4 de julho, 18 de setembro e 16 de dezembro de 2014 contra o Banco do Brasil de São Gonçalo do Amarante; um roubo a agência do Banco do Brasil de Caucaia no dia 27 de maio de 2014; um assalto contra agência da Caixa Econômica Federal em Maracanaú no dia 10 de Abril de 2014; um assalto a agência bancária em Pajuçara, em Maracanaú; e um ataque a banco em Solonópole no dia 4 de outubro de 2013.
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