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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Blogueiro ameaçado A política de paz, séria e bem intencionada não tem espaço para ameaças

13076605_1139166942789841_2340143932051734232_nJá é a segunda vez, somente durante este breve período de campanha eleitoral, que recebo ameaças. Na primeira, no dia 15 de agosto, dois homens me abordaram quando eu saía de casa e, demonstrando estarem armados, disseram para eu me afastar da emissora de rádio onde trabalho e parar de escrever aqui, neste site.

Neste mesmo dia, acompanhado pelo ex-presidente da subsecção da OAB em Quixadá, Dr. Gladson Alves, registrei Boletim de Ocorrência na Delegacia Regional de Polícia Civil, onde fui atendido pelo Sr. Taylon Ruschel Correia Bezerra. Discreto, preferi não tornar o assunto mais público do que ele acabou se tornando e decidi não publicá-lo aqui no Monólitos Post, apesar de ter sido aconselhado a fazer o oposto.

Porém, nesta segunda-feira, dia 05, fui novamente abordado por um indivíduo – que também demonstrou estar armado -, e que proferiu novas ameaças, desta vez diretamente relacionadas com a campanha eleitoral em curso. Hoje vou levar o fato ao Ministério Público e decidi torná-lo público.

Em ambos os casos, não sei quem fez as ameaças ou quem os mandou fazer isto. Às autoridades, relatarei apenas a situação e as circunstâncias do ocorrido.

Nas redes sociais, indivíduos diretamente ligados a campanhas eleitorais em nosso município tem feito ofensas, disseminado calúnias e difamações, utilizando termos absurdamente desrespeitosos contra meu nome e reputação. Neste caso, levarei o assunto para ser resolvido nas barras da justiça. Internet não é terra sem Lei, e quem dela se utiliza criminosamente deve sim responder pelo que faz.

No mais, quero deixar duas coisas claras a quem possa interessar.

Primeiro, não sou a peça fundamental da campanha do candidato do PMDB, Ricardo Silveira, de quem sou amigo, a quem admiro e também assessoro apenas eventualmente em questões que não merecem a preocupação de ninguém. A equipe de campanha dele envolve dezenas de pessoas, todas de suma importância, com papeis bem definidos e atuantes. Ademais, quem decidirá o próximo prefeito de Quixadá será o povo, no ambiente privado das urnas, independente desta ou daquela personalidade.

Segundo, política de paz e amor não se faz com arma em punho e com uso de ameaças. Isto não é política. Isto se chama atraso, autoritarismo e, obviamente, é crime. Tenho muitos amigos e pessoas a quem admiro, familiares e colegas de trabalho, que se manifestam politicamente de uma maneira que se choca com aquilo que penso ser uma opção melhor. Nem por isto mudo o que sinto por tais pessoas, pois respeito o direito delas à liberdade de escolha. É possível ter paz e respeito na diversidade de posições políticas e ideológicas. Não nos esqueçamos de que as campanhas, as divisões, e todas as bobagens que costumam aparecer neste período passam. As amizades, no entanto, devem ficar.

Finalmente, não compartilho esta situação para dela tirar algum tipo de vantagem, como alguém talvez possa supor. Desejo apenas me resguardar, como é normal fazê-lo nestas circunstâncias. Que este período de campanha seja marcado, não por desordem, violações de regras ou crimes, mas pela apresentação de propostas sérias para o nosso município. Que um novo tipo de política, realmente propensa a fazer pela nossa gente aquilo que ela merece, ganhe o espaço que precisa.

Um grande abraço!

Por Gooldemberg Saraiva é redator e editor no site Monólitos Post.

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Contato: (88) 9 9972-5179 / bergsaraiva@gmail.com

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