Com precipitações médias de 40mm, diversas cidades do Interior registraram chuvas ontem.
Iguatu - Choveu em todas as regiões do Ceará ontem. A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) registrou precipitações em 122 municípios. Não houve pluviometria muito elevada, mas pela primeira vez, neste ano, ocorreram chuvas generalizadas. Os cinco maiores registros foram em Tamboril (61mm), Choró (56mm), Itapipoca (55mm) e Quixadá (54mm).
Na zona rural de Várzea Alegre, a paisagem verde já desponta com as primeiras chuvas da estação que poderá prosseguir até maio FOTO: HONÓRIO BARBOSA.
Além destes municípios, a Funceme registrou chuva acima de 30mm nas seguintes cidades: Iracema (49mm), Cruz (47,5 mm), Senador Sá (47 mm), Tururu (42,5 mm), Itapajé (42 mm), Tabuleiro do Norte (37 mm), Banabuiú (36 mm), Jaguaretama (34 mm), Coreaú (33 mm), Itapipoca (32 mm) e Alcântaras (30 mm).
Fevereiro é o primeiro mês da quadra invernosa que se estende até maio. Geralmente, as precipitações são intensificadas a partir da segunda quinzena deste mês.
Chuva em todas as regiões, tempo nublado, relâmpago e trovões durante a madrugada reanimaram a esperança do sertanejo quanto ao fim da seca que se estendeu desde o primeiro semestre de 2012. "Estamos precisando de boas chuvas porque não há pasto e os animais sofrem com a falta de alimentação", disse o secretário de Política Agrícola da Federação dos Trabalhadores Rurais na Agricultura do Ceará (Fetraece), Luis Carlos Lima. "Em várias comunidades, a água já está escassa".
No Sertão Central, a situação é preocupante, em decorrência da escassez de chuva. Ontem, a Funceme registrou precipitações de 30mm em média, em Quixeramobim, Quixadá, Banabuiú, mas em outros municípios a chuva foi reduzida ou sequer ocorreu, como é o caso de Morada Nova, Jaguaribara, Mombaça, Milhã, Deputado Irapuan Pinheiro e Solonópole.
Previsão - De acordo com a Funceme, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), um dos principais fatores para ocorrência de precipitação, desceu para o Sul, posicionando-se sobre a região Nordeste e provocando chuvas em vários Estados. "A tendência para as próximas 72 horas é de continuar chovendo em todo o Ceará", disse a meteorologista da Funceme, Claúdia Rickes. "O quadro permanece favorável".
Apesar de ter chovido em quase todas as regiões do Estado, a Funceme classifica as precipitações como isoladas, pois ocorrem em áreas pontuais nos municípios e regiões, e em horários diversificados. "Diferentemente da chuva generalizada", comparou Cláudia Rickes.
Todos os meses, a Funceme promove reunião climática para atualizar a previsão de chuva para a quadra invernosa, divulgada em janeiro passado. O próximo encontro será em Natal, no Rio Grande do Norte, nos dias 21 e 22 deste mês. "Não podemos adiantar nenhuma reavaliação, se teremos probabilidade de chuva para o próximo mês, acima ou abaixo da média", assegurou a meteorologista da Funceme, Deysiane Quaresma. "Ainda estamos atualizando os dados".
As condições de temperatura do Atlântico Norte evoluíram nos últimos dois dias, mesmo de forma lenta, mas favorável para ocorrência de precipitações para o Ceará. A meteorologista da Funceme, Claudia Rickes, explicou que as águas superficiais do Oceano Atlântico Norte tendem a esfriar. "Por isso, a temperatura do Atlântico Norte está de neutra para fria, e do Atlântico Sul aquecendo, caracterizando um dipolo negativo", explicou. "Se essa evolução continuar, favorece que a Zona de Convergência Intertropical oscile para o Sul e ocorram chuvas no Estado".
A temperatura do Oceano Pacífico permanece neutra, não se caracterizando ainda com efeitos La Niña ou El Niño. Por enquanto, as precipitações estão bem abaixo da média no Ceará. Na primeira quinzena de fevereiro, o mês que assinala o início da quadra chuvosa no Estado, as chuvas ficaram 82% abaixo da média histórica para o período. "Normalmente, as chuvas intensificam-se a partir da segunda quinzena", disse Claudia Rickes.
O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mantém previsão para o trimestre (janeiro, fevereiro e março) de um quadro desfavorável de ocorrência de chuva para o sertão cearense em torno de 40% de probabilidade para ficar abaixo da faixa normal para o período. Entretanto, poderão ocorrer mudanças atmosféricas e de temperatura das águas superficiais dos oceanos, que têm influência no sistema de chuva para o Estado.
Expectativa A esperança dos agricultores é que, até o fim deste mês, as condições climáticas mudem e ocorram precipitações no sertão cearense. No Cariri cearense já há pastagens nativas em vários municípios, aliviando as dificuldades de alimentação do gado.
As chuvas caídas em janeiro e neste mês favoreceram os produtores rurais. Rapidamente, a mata nativa fica verde e o capim rebrota com facilidade. "Esperamos que continue chovendo bem e, a partir de março, a chuva chegue com mais força", disse o produtor rural, Francisco Custódio Lima.
Mais informações Funceme - Fortaleza, Telefone: (85) 3101.1117
HONÓRIO BARBOSA REPÓRTER do Diário do Nordeste. Leia mais.
Iguatu - Choveu em todas as regiões do Ceará ontem. A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) registrou precipitações em 122 municípios. Não houve pluviometria muito elevada, mas pela primeira vez, neste ano, ocorreram chuvas generalizadas. Os cinco maiores registros foram em Tamboril (61mm), Choró (56mm), Itapipoca (55mm) e Quixadá (54mm).
Na zona rural de Várzea Alegre, a paisagem verde já desponta com as primeiras chuvas da estação que poderá prosseguir até maio FOTO: HONÓRIO BARBOSA.
Além destes municípios, a Funceme registrou chuva acima de 30mm nas seguintes cidades: Iracema (49mm), Cruz (47,5 mm), Senador Sá (47 mm), Tururu (42,5 mm), Itapajé (42 mm), Tabuleiro do Norte (37 mm), Banabuiú (36 mm), Jaguaretama (34 mm), Coreaú (33 mm), Itapipoca (32 mm) e Alcântaras (30 mm).
Fevereiro é o primeiro mês da quadra invernosa que se estende até maio. Geralmente, as precipitações são intensificadas a partir da segunda quinzena deste mês.
Chuva em todas as regiões, tempo nublado, relâmpago e trovões durante a madrugada reanimaram a esperança do sertanejo quanto ao fim da seca que se estendeu desde o primeiro semestre de 2012. "Estamos precisando de boas chuvas porque não há pasto e os animais sofrem com a falta de alimentação", disse o secretário de Política Agrícola da Federação dos Trabalhadores Rurais na Agricultura do Ceará (Fetraece), Luis Carlos Lima. "Em várias comunidades, a água já está escassa".
No Sertão Central, a situação é preocupante, em decorrência da escassez de chuva. Ontem, a Funceme registrou precipitações de 30mm em média, em Quixeramobim, Quixadá, Banabuiú, mas em outros municípios a chuva foi reduzida ou sequer ocorreu, como é o caso de Morada Nova, Jaguaribara, Mombaça, Milhã, Deputado Irapuan Pinheiro e Solonópole.
Previsão - De acordo com a Funceme, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), um dos principais fatores para ocorrência de precipitação, desceu para o Sul, posicionando-se sobre a região Nordeste e provocando chuvas em vários Estados. "A tendência para as próximas 72 horas é de continuar chovendo em todo o Ceará", disse a meteorologista da Funceme, Claúdia Rickes. "O quadro permanece favorável".
Apesar de ter chovido em quase todas as regiões do Estado, a Funceme classifica as precipitações como isoladas, pois ocorrem em áreas pontuais nos municípios e regiões, e em horários diversificados. "Diferentemente da chuva generalizada", comparou Cláudia Rickes.
Todos os meses, a Funceme promove reunião climática para atualizar a previsão de chuva para a quadra invernosa, divulgada em janeiro passado. O próximo encontro será em Natal, no Rio Grande do Norte, nos dias 21 e 22 deste mês. "Não podemos adiantar nenhuma reavaliação, se teremos probabilidade de chuva para o próximo mês, acima ou abaixo da média", assegurou a meteorologista da Funceme, Deysiane Quaresma. "Ainda estamos atualizando os dados".
As condições de temperatura do Atlântico Norte evoluíram nos últimos dois dias, mesmo de forma lenta, mas favorável para ocorrência de precipitações para o Ceará. A meteorologista da Funceme, Claudia Rickes, explicou que as águas superficiais do Oceano Atlântico Norte tendem a esfriar. "Por isso, a temperatura do Atlântico Norte está de neutra para fria, e do Atlântico Sul aquecendo, caracterizando um dipolo negativo", explicou. "Se essa evolução continuar, favorece que a Zona de Convergência Intertropical oscile para o Sul e ocorram chuvas no Estado".
A temperatura do Oceano Pacífico permanece neutra, não se caracterizando ainda com efeitos La Niña ou El Niño. Por enquanto, as precipitações estão bem abaixo da média no Ceará. Na primeira quinzena de fevereiro, o mês que assinala o início da quadra chuvosa no Estado, as chuvas ficaram 82% abaixo da média histórica para o período. "Normalmente, as chuvas intensificam-se a partir da segunda quinzena", disse Claudia Rickes.
O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mantém previsão para o trimestre (janeiro, fevereiro e março) de um quadro desfavorável de ocorrência de chuva para o sertão cearense em torno de 40% de probabilidade para ficar abaixo da faixa normal para o período. Entretanto, poderão ocorrer mudanças atmosféricas e de temperatura das águas superficiais dos oceanos, que têm influência no sistema de chuva para o Estado.
Expectativa A esperança dos agricultores é que, até o fim deste mês, as condições climáticas mudem e ocorram precipitações no sertão cearense. No Cariri cearense já há pastagens nativas em vários municípios, aliviando as dificuldades de alimentação do gado.
As chuvas caídas em janeiro e neste mês favoreceram os produtores rurais. Rapidamente, a mata nativa fica verde e o capim rebrota com facilidade. "Esperamos que continue chovendo bem e, a partir de março, a chuva chegue com mais força", disse o produtor rural, Francisco Custódio Lima.
Mais informações Funceme - Fortaleza, Telefone: (85) 3101.1117
HONÓRIO BARBOSA REPÓRTER do Diário do Nordeste. Leia mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário