Ao se solidarizar com a tragédia ambiental ocorrida na cidade de Mariana, em Minas Gerais, após rompimento de uma barragem, o líder do PMDB, senador Eunício Oliveira (CE) alertou que no Ceará a inapetência administrativa está levando o estado a um colapso no abastecimento de água.
De acordo com o peemedebista, mais de quatro milhões de cearenses já sofrem diretamente os efeitos da seca e não contam com qualquer perspectiva de planejamento e gestão para segundo ele, encarar um novo ano de pouca chuva. Ele informou que os 153 açudes vistoriados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará chegaram ao nível mais baixo desde o começo do monitoramento, que existe há 21 anos. Do total, quarenta açudes estão no volume morto e 27 já são considerados secos. “Hoje, os cearenses vivem em situação de plena incerteza, com um sentimento de indignação pelas promessas não cumpridas e com o temor de que obras fundamentais para minorar a situação da seca não sejam retomadas tão cedo”, alertou.
Eunício citou como exemplo as obras do Cinturão das Águas, paralisadas com a justificativa de falta de verbas, quando sua primeira fase deveria estar pronta no ano passado. Enumerou ainda o abandono do canal de transferência de água do açude Lima Campos para áreas do perímetro irrigado Icó - Lima Campos além do açude Lontras, previsto desde 2013 para a região dos Inhamuns, mas que até hoje, não começou a ser construído.
Para o líder, as iniciativas para minorar a situação são públicas e conhecidas por todo cearense, faltando apenas capacidade de gestão, planejamento e vontade política para serem efetivadas. “A situação exige a intensificação urgente do que está disponível, desde que se tenha mais iniciativa por parte do poder público, como tornar mais eficiente a operação dos carros-pipa, a perfuração de poços, o pagamento do bolsa estiagem, o barramento de rios e córregos e a montagem de adutoras”, lembrou.
Aumento de impostos - Por outro lado, Eunício criticou o exagero de criatividade do governo estadual em aumentar impostos. “Aliás, quero corrigir um pouco a minha afirmação de que o governo cearense é totalmente sem criatividade, pois uma não lhe falta desde o primeiro dia de mandato: o furor de aumentar os tributos”, alfinetou.
Ele fez referência a mensagem encaminhada pela gestão estadual à Assembleia Legislativa que aumenta o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). “Um aumento que impacta direta e imediatamente os demais preços da economia, portanto, gerando inflação”, complementou.
Ao citar as demais obras paralisadas e a ausência de ações efetivas no combate ao aumento da criminalidade e do sentimento de insegurança no estado, Eunício teme que o Ceará aprofunde ainda mais os índices negativos relacionados a economia, geração de emprego e principalmente o social. Apesar dos últimos resultados serem ruins, a economia do Ceará é importante para o desenvolvimento do Nordeste e tem significativa contribuição para a economia regional e nacional (...) mas se não houver uma mudança qualitativa no modelo de gestão, o estado perderá competitividade, aumentará o nível de desemprego, de insatisfação social, de violência. www.eunicio.com.br
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