Pe. Gilberlândio mostra imagem, em foto enviada pelo VC Repórter: “Pode ter sido retirada de um túmulo do cemitério".
Solonópole. Fim do mistério. Após causar alvoroço na população por quase um mês, o crucifixo encontrado enterrado de cabeça para baixo em um terreno da zona rural deste município, já tem seu provável paradeiro: ele pode ser de túmulos do cemitério da cidade. A peça sacra foi entregue ao padre da cidade que levantou as informações através da análise de um historiador e que podem revelar seu paradeiro.
A peça foi encontrada no dia 18 de abril, no terreno de uma fazenda do distrito de Umarizinho, zona rural da cidade. O padre Gilberlândio José da Silva, recebeu o objeto dias depois que ele foi encontrado e resolveu levá-lo para um historiador do município. Após uma análise, a principal hipótese é que a imagem tenha sido retirada de uma dos túmulo do cemitério local.
“Há uns 30 anos, haviam muitas das imagens desse tipo em túmulos do cemitério da cidade. O que pode ter acontecido é que ela tenha sido tirada de lá”. Para padre Gilberlândio, a ação pode ser parte parte de uma tradição antiga, comum entre os mais velhos do interior, de enterrar imagens religiosas em épocas de inverno. “Antigamente havia um costume de se roubar santos e crucifixos das casas, como forma de um promessa pedindo chuva. Pode ser que alguém tenha feito isso nesta intenção”, declarou.
A análise constatou que o objeto tem pouco mais de trinta centímetros e é feio de bronze. Inicialmente, vários católicos da cidade acreditavam que se tratava de uma réplica de Bom Jesus, padroeiro de Solonópole. “Não é. É de Jesus Cristo crucificado”, disse Gilberlândio. Um parafuso que integra a imagem sacra ainda está em bem conservado, sem ferrugem e sem sinais de envelhecimento, fator que faz o padre acreditar, que o objeto não tenha sido enterrado há muito tempo. “Deve ter acontecido há uns quatro, cinco anos”, disse.
Fato curioso
O fato inusitado gerou um alvoroço no município. Muitos achavam que se tratava de parte de um ritua de magia negra. Outros, atribuíram o achado a um milagre.
Na época, José Gomes da Silva, 54, dono da fazenda onde a imagem foi encontrada, contou do susto que tomou. “A gente encontrou ela a uns três palmos do chão e bem retinha. Não era deitada não! Parecia que alguém tinha colocado assim de propósito”, disse.
A imagem foi doada e ficará com a Paróquia de Bom Jesus, em Solonpopole. Em até um mês, o padre espera realizar uma missa para expor o objeto à counidade cristã e explicar suas possíveis origens. Diário Sertão Central.
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