Volante ‘sobreviveu’ a quatro mudanças de técnico no Nacional, tem sido titular em quase toda a temporada e citou a força de vontade dos jogadores.
Foto: Divulgação/Nacional FC - Diogo Rocha / portal@d24am.com
Hécules disse que pensa cada jogo como um prato de comida e escola da filha para manter o desempenho nos treinos e jogos.
Manaus - Após uma carreira formada no Nordeste, o volante Francisco Hércules de Oliveira Silva, o Hércules, de 32 anos, desembarcou no futebol da Região Norte, em dezembro do ano passado, para integrar uma equipe ‘permanente’ do Nacional. Mas a longa estabilidade prometida ao grupo durou pouco, conforme as saídas precoces nas Copa do Brasil e Verde e Série D do Brasileiro se acumulavam.
Diante dos reveses, o volante sobreviveu às mudanças na equipe do Leão da Vila, ao longo do ano, tanto no elenco quanto na comissão técnica. Mas as constantes adaptações a um ‘novo’ Naça não foram simples.
“Para os jogadores ‘permanentes’, é um pouco difícil. Até para os atletas novos que chegam, porque entram com a mesma responsabilidade. Essas mudanças de treinadores e jogadores complicam um pouco, porque é outra adaptação aos novos reforços, que entram com maior dificuldade em se acostumar ao clima da cidade e o ambiente no clube”, analisou Hércules.
O técnico Álvaro Miguéis, que assumiu o time na quinta rodada do Estadual, é o quarto treinador do Nacional. Para Hércules, as eventuais dispensas no elenco e as trocas de técnicos afetaram o desempenho do time nas competições. Principalmente, na frustrada tentativa de acesso à Série C do Brasileiro. O Leão acabou eliminado na primeira fase da Série D.
“Disse, no começo da competição (Série D), e vou dizer, agora, que acabou, eu vi o Nacional como uma das melhores equipes. Mas, infelizmente, não encaixou e perdemos para nós mesmos. A ‘D’ é um campeonato difícil, mas quando há um grupo unido e tem o comando de um trabalho variado, pode subir (de divisão)”, comentou Hércules.
A falta de uma ‘espinha dorsal’ no elenco do Nacional, com as demissões de 31 jogadores no decorrer do ano, também contribuiu para os resultados insatisfatórios em campo, segundo o volante. O próprio Hércules percebeu, in loco, os benefícios de se manter uma base de jogadores.
“Quando cheguei ao Botafogo, da Paraíba (em 2013), tínhamos esses mesmos problemas. A equipe estava há nove anos sem ganhar um Estadual, e fizemos um grupo que permaneceu por três anos junto. Foi quando ganhamos o bicampeonato paraibano (2013/2104) e a Série D (2013). Havia comprometimento no grupo”, exemplificou.
No começo do ano, na reserva, Hércules conquistou, posteriormente, vaga cativa no Leão da Vila em quase todas as competições que o clube disputou, neste ano, a exceção foi a Copa do Brasil. “Com o Heriberto (da Cunha, primeiro técnico do Naça, em 2016) entrava, às vezes, como titular. Só passei a jogar mesmo com o (Vagner) Benazzi (segundo treinador), quando entrei no lugar do Carlinhos, que se lesionou, na partida com o Atlético Acreano (pela Série D) e não saí mais. Estou até hoje (entre os titulares)”, comentou o volante.
Até quando um time inteiro vindo do Atlético Acreano, com 13 jogadores, e sob o comando de Álvaro Miguéis chegou à toca do Leão da Vila, para surpresa do antigo grupo, Hércules ganhou logo chance entre os ‘intocáveis’ reforços do novo Nacional. Foi no clássico com o São Raimundo, pela 5ª rodada do primeiro turno, em que ele marcou o primeiro gol do empate em 2 a 2.
“Cada técnico tem sua filosofia e forma de trabalhar. Mas quando o comandante tem uma ideia e passa para o jogador, nos treinamentos do dia a dia, isso facilita. Só que quando não há tempo para treinar, é mais complicado executar em campo. O Álvaro (Miguéis) confiou em mim e estou agarrando isso da melhor forma possível”, comentou, que nunca havia trabalhado com nenhum dos técnicos (Heriberto da Cunha, Vagner Benazzi, Alan George, promovido de auxiliar, e Álvaro Miguéis) que passaram pelo Leão.
Natural de Solonópole, no interior do Ceará, Hércules jogou por diversos clubes da Região Nordeste, como Horizonte-CE, Guarany de Sobral-CE, Alecrim-RN, América-RN, Santa Cruz-RN e Botafogo-PB. No Amazonas, o volante percebeu uma diferença no estilo.
“A qualidade dos atletas (no Nordeste e Norte) são distintas. No Amazonense senti isso, eu vejo com mais qualidades os outros Estaduais, mas aqui percebo que os jogadores têm mais força de vontade, é mais na garra”, afirmou.
Fonte: new.d24am.com
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