O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), através da desembargadora Vera Lúcia Correia, emitiu parecer suspendendo a decisão do juiz da 11ª vara de Fortaleza que devolvia a direção estadual do Partido Progressista (PP) para o ex-deputado federal Padre Zé Linhares.
A decisão, proferida nessa segunda-feira, 1º de agosto, retorna o partido ao comando do deputado federal Adail Carneiro e deve causar insegurança partidária nos pré-candidatos do PP no estado.
No Cariri, a decisão terá interferência direta. A informação é que haverá intervenção nas direções de Crato e Juazeiro do Norte. Entre os casos mais delicados, o Crato tem chamado as atenções. Como pré-candidato a prefeito pelo partido, o deputado estadual Zé Ailton Brasil, deve ficar sem legenda.
Zé Ailton dirige a sigla e pretendia disputar a sucessão do prefeito Ronaldo Mattos (PSC), com o apoio da base do Governo do Estado, mas está no meio de um racha entre os aliados do ex-governador Cid Gomes e a atual direção, comandada por Adail. O partido estava sob o comando político do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Zezinho Albuquerque (PDT).
A conjuntura é mais uma dificuldade para a base do governo Camilo Santana no Crato. Após a indicação de Zé Ailton e André Barreto, o grupo denominado frente “Crato Popular”, já enfrentava desgastes e algumas dissidências, como o PCdoB que rompeu e confirmou a candidatura d professor Cacá Araújo. Outros partidos estão deixando o grupo para lançar candidaturas independentes.
A saída de Zé Ailton do páreo deve crescer o nome do promotor aposentado Francisco Leitão Moura (PDT), já que, o empresário Rafael Branco (PSD), se tronou inelegível ao assumir cargo de assessor especial do governador, na última semana. Rafael deve estar a frente das negociações para a escolha do novo nome que representará o Governo.
(Colaborou Adriano Duarte).
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