A bancada do PMDB no Senado deu
início, nesta terça-feira (10), a realização de reuniões periódicas que deverão
colocar em discussão temas relevantes para o País e, eventualmente, que possam
envolver projetos em tramitação na Casa. O primeiro encontro aconteceu com a
participação do Ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB-AM), nas
dependências da própria pasta.
De acordo com o
líder Eunício Oliveira (CE), a escolha do tema se justificou pela preocupação
permanente da população em relação ao setor elétrico e as garantias do governo
de que o sistema conseguirá atender a demanda.
Como forma de
esclarecer dúvidas em relação ao cenário energético brasileiro e compartilhar
dados relevantes com a bancada, o ministro Eduardo Braga explicou que a pasta está
realizando um grande esforço de planejamento de curto, médio e longo prazos
para garantir um setor ainda mais seguro para os próximos anos.
Ao comparar o
racionamento de energia em 2001, Braga assegurou que o que diferencia daquele
momento para o atual é que apesar de os reservatórios estarem agora com menor
nível do que na época do racionamento, o setor passou a depender menos de fonte
hídrica.
“O que nos permite
enfrentar essa crise de falta de água é a diversidade da matriz energética”,
disse, se referindo a expansão de fontes de energia como as termelétricas a gás
e a carvão mineral, biomassa, destacando ainda as fontes alternativas, como a
eólica e solar.
Como forma de
ampliar a expansão do setor, o ministro assegurou a geração de mais 40 mil MW
de energia até 2019, sendo 6.400 MW de energia nova somente este ano. Eduardo
Braga também destacou o crescimento do sistema de transmissão de energia,
ressaltando os grandes investimentos e interligação entre as regiões.
O ministro informou
que um dos grandes entraves para que as obras sejam agilizadas e entregues a
tempo é a burocracia para liberação de licenças ambientais.
Nordeste: Segundo o ministro, o risco do Nordeste
enfrentar um racionamento de uso de energia é zero. Isso porque, apesar de registrar
um menor nível nas reservas do São Francisco, o investimento em outras fontes
de energia garante o fornecimento da região.
“O setor hoje é
muito diversificado e agora estamos ampliando mais. Estamos entrando num
sistema elétrico moderno com uma grande diversidade de matriz energética e com
um sistema de transmissão amplo. No Nordeste o risco de racionamento é zero
graças a geração de energia térmica, eólica e de biomassa”, afirmou.
Presente na
reunião, o ex-ministro de Minas e Energia Edson Lobão, enalteceu o trabalho que
vem sendo exercido pelo atual gestor da pasta e defendeu os investimentos
feitos durante os governos do ex-presidente Lula e da presidente Dilma
Rousseff. Lobão refutou as críticas de que o setor não faz planejamento.
“Antigamente o Brasil não tinha uma linha de transmissão adequada para a época
(antes do governo Lula). Antes não tinha planejamento, hoje temos”, afirmou.
O ministro Eduardo
Braga ainda colocou a pasta a disposição do legislativo para que novos projetos
possam ser elaborados como também pediu o apoio da bancada para que as ações
planejadas e com orçamento a ser aprovado pelo Congresso também tenham a atenção
dos senadores. Braga ainda informou que amanhã estará reunido com a presidente
Dilma Rousseff para apresentar novas ações da pasta que aguardam somente
aprovação para que sejam executadas.
Também participaram
da audiência as senadoras Sandra Braga, Simone Tebet e Rose de Freitas além dos
senadores Dário Berger, Garibaldi Alves, João Alberto, Roberto Requião,
Waldemir Moka, Ricardo Ferraço, José Maranhão, Luiz Henrique, Romero Jucá e
Valdir Raupp. www.eunicio.com.br
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