Inconformada, a direita resolveu nesta quinta-feira (30) tentar o terceiro turno na eleição presidencial questionando a legitimidade da reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT). O PSDB nacional se prestou ao ridículo papel de bucha de canhão de golpista ao pedir “auditoria especial” na votação de domingo (26) junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No sistema de urnas eletrônicas, não há como realizar recontagem de votos porque inexiste o comprovante impresso. É mais fácil o Saci-Pererê cruzar as pernas do que o TSE colocar em dúvida o processo iniciado por ele em 1996. Seria jogar 18 anos de trabalho na lata de lixo.
O tucano Aécio Neves não se conforma de ter perdido para Dilma por apenas 3,28 pontos porcentuais, o equivalente a 3,4 milhões de eleitores brasileiros. A eleição foi a mais apertada de toda a história. Ela vez 51,64% (54.501.118 votos). Ele conquistou 48,36% (51.041.155 votos).
No domingo, após o resultado do TSE, Aécio realizou pronunciamento reconhecendo a derrota — o que é praxe no jogo democrático. Agora volta atrás ao chancelar o movimento golpista do PSDB. Setores da imprensa nacional também têm dificuldades em reconhecer a vitória do PT e de Dilma. Ora destilam ódio contra os nordestinos e nortistas, ora tentam restabelecer o cotidiano ao revelar as três tentativas de armação para eleger Aécio, seu candidato (clique aqui).
O PSDB apresenta fato concreto para questionar a legitimidade da reeleição de Dilma? Não. O partido simplesmente argumenta que “ouviu falar” nas redes sociais de supostas fraudes com urnas eletrônicas. Nada mais.
O pedido de “auditoria especial” não terá efeito prático no TSE, mas servirá como cavalo de batalha para a oposição contra Dilma e o PT. É uma manobra muito perigosa para o PSDB, que pode ser rotulado como golpista. O povo brasileiro tem tradição democrática, apesar dos arroubos da pequena burguesia que às vezes flerta com o fascismo. Via Blog esmaelmorais.com.br
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