Margarete Pinheiro, 27, reencontrou os filhos
ontem, após 5 meses.
Os enjoos e a “falta de coragem” fizeram
Francisca Margarete Pinheiro da Silva, 27, acreditar que estava grávida. Isso
quatro meses depois do nascimento de Pedro Lucas. Mas não era gravidez a causa
do mal-estar constante da caixa, moradora de Solonópole (a 275 quilômetros da
Capital). Durante o parto do caçula, Margarete desenvolveu uma doença autoimune
rara: a miocardiopatia periparto.
Por causa do problema, foi internada no
Hospital de Messejana (HM) Doutor Carlos Alberto Studart Gomes e acabou
necessitando de um novo coração. Conseguiu. Ontem, 27 dias depois do
procedimento, sorriu muito: reencontrou os filhos Pedro Lucas, hoje com 9
meses, e Antônio Iago, de 9 anos.Ainda internada, emocionou-se (e fez todos na
sala chorarem) ao ver os meninos, de quem estava separada há cinco meses.
“Passei tantos momentos difíceis... Não achei que fosse chegar esse dia”,
confessou. Margarete quer, a partir de agora, somente cuidar dos filhos.Durante
o tempo distante de Margarete, conta a mãe dela, Francisca Irene Pinheiro,
muitas foram as vezes em que Iago, o mais velho, quis matar a saudade. “Não
aguento mais, quero ver minha mãe”, dizia o garoto à tia Marli - ela conta.
“Mas ele não podia vir. Ela estava muito mal”, recorda-se a irmã. Margarete
chegou a ficar 43 dias com um coração artificial - equipamento que cumpre a
função cardíaca até o transplante.Segundo Juan Mejia, coordenador cirúrgico da
Unidade de Transplante e Insuficiência Cardíaca do HM, esse tipo de miocardiopatia
é raro e ocorre quando, no momento do nascimento, o coração é atingido por
anticorpos gerados na mistura do sangue da mãe com o do recém-nascido.Dez
pessoas aguardam transplante cardíaco no HM. Seis procedimentos foram
realizados em 2013.
Serviço
Doação
de órgãos
- Comunique a sua família caso queira ser doador de órgãos. Informações: (85)
3101 5238 (Central de Transplantes do Ceará). Andre Salgado, Leia também Opovo.
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