Segundo dados da Cogerh e do Dnocs, os
reservatórios armazenam 41,3% da capacidade. O percentual vem reduzindo
desde 2012, ano em que a seca também atingiu o Estado.
Mais da metade (51,3%)
dos açudes públicos do Ceará está com volume de água inferior a 30%. O
cálculo leva em conta os 144 açudes construídos pelos governos Estadual e
Federal e monitorados diariamente pela Companhia de Gestão dos Recursos
Hídricos (Cogerh) e pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas
(Dnocs). As bacias hidrográficas do Banabuiú e do Alto Jaguaribe são as
mais afetadas, cada uma com 12 açudes na estatística.
Apenas
três reservatórios estão com mais e 90% da capacidade. Em Baturité, o
Tijuquinha está sangrando. O Gavião, em Pacatuba, e o Curral Velho, em
Morada Nova, têm 92% e 93%, respectivamente. Cidades como Canindé,
Antonina do Norte e Crateús possuem reservatórios com nível abaixo de
2%. O caso mais grave é no açude Carnaubal (0,1%), em Crateús, a 354
quilômetros de Fortaleza.
A situação se agravou com as poucas
precipitações nos primeiros meses deste ano. O volume de chuvas entre
janeiro e março de 2013 em relação ao mesmo período de 2012 teve queda
de 36%. A esperança para algumas comunidades são obras emergenciais e a
distribuição de água pelos carros-pipa, já que o segundo semestre
costuma ser de poucas chuvas no Estado.
Atualmente, os
reservatórios contêm 41,3% da capacidade total, tendo apenas 7,7 bilhões
de metros cúbicos dos 18,3 bilhões que podem armazenar. O volume das
águas atingia 69,8% da capacidade em março de 2012, ano também de seca.
Já em março de 2013, o volume armazenado havia caído para 44%.
Até
o fim de 2014, 18 municípios podem ter o abastecimento de água
comprometido. Segundo Yuri Castro, assessor da presidência da Cogerh,
Fortaleza não corre risco, mesmo que o ano seguinte continue com poucas
chuvas. A Capital é abastecida pelo Castanhão (no município de Alto
Santo), que pode armazenar mais de três bilhões de metros cúbicos. Hoje,
está com 50,2% da capacidade.
Servem também a Capital os
açudes Acarape do Meio (Redenção), Gavião (Pacatuba), Pacajus (Pacajus),
Pacoti (Horizonte), Aracoiaba (Aracoiaba) e Riachão (Itaitinga).
Conforme Castro, o sistema integrado das Bacias Metropolitana e do Médio
Jaguaribe garante que não há riscos de falta de água em Fortaleza. Fonte: Opovo.
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